Olá a todos, estou aqui hoje para fazer um “jabazinho” e falar de Mídia Externa. Na semana passada fui procurado pela jornalista Juliana Portugal, do jornal o Estado de S. Paulo, para uma entrevista para o caderno Negócios e Oportunidades. O tema é Mídia Externa e tal entrevista serviria para embasamento de uma matéria que sairia em destaque no caderno na edição do jornal de domingo 06/09/2009. Abaixo segue a imagem da matéria publicada, para quem quiser ler é só clicar na imagem que abrirá uma versão ampliada:
Leia a entrevista na Íntegra:
Estadão:: Juliana:: > Qual a análise que você faz do mercado de mídias digitais?
Diego Brito:: > O mercado de mídias digitais está em rota ascendente. Estamos vivendo em um período tão importante quanto foi a prensa de Gutenberg para a comunicação. Estamos em tempos onde a tecnologia e a comunicação nunca antes estiveram tão juntas. As pessoas já não possuem mais tempo para ver televisão, algo que já foi o hype da grande massa. Com a chegada da internet de alta velocidade e diminuição dos preços dos equipamentos eletrônicos, cada vez mais, as pessoas dedicam seu tempo com equipamentos de tecnologia; é nesse contexto que a segmentação nas ações de comunicação trazem resultados mais eficazes para as campanhas de propaganda.
Estadão:: Juliana:: >Há espaço para este mercado crescer?
Diego Brito:: > Sim, e muito. As mídias tradicionais estão cada vez mais perdendo espaço frente a estratégias de comunicação conhecidas como below the line. Muitos anunciantes já consideram por exemplo a Internet como uma mídia eficaz e importante para divulgar suas campanhas de propaganda. Acredito que a Mídia Indoor ganhou muito espaço a exemplo de São Paulo, após a Lei Cidade Limpa, pois nunca antes ser ecologicamente correto esteve tão em alta. Em painéis digitais os anunciantes podem segmentar suas campanhas, pois podem ser veiculadas em elevadores comerciais, academias, ônibus, etc. Desta maneira o anunciante e as agências possuem um canal altamente segmentado e com custos mais atrativos, comparados com mídias tradicionais como revistas de grande circulação e tv aberta, por exemplo. Ao meu ver é apenas uma questão de tempo para o bolo que envolve as mídias “analógicas” ser dividido ao meio com as mídias digitais, que crescem vertiginosamente. E com esse fenômeno instaurado acredito que os profissionais de mídia das agências enfrentaram um grande desafio que é “gastar” uma grande parte da verba de seus anunciantes de maneira segmentada.
Estadão:: Juliana:: >Quais os cuidados que um empresário deve ter ao investir neste negócio?
Diego Brito:: > Primeiramente acredito que deva ser feito uma boa pesquisa de público-alvo e nicho de mercado que será atingido. A mídia indoor possui como grande diferencial a segmentação. Portanto, o empresário que deseje montar um negócio nesse segmento precisa fazer uma pesquisa qualitativa e quantitativa para sentir o potencial do veículo que ele irá instaurar naquele local – do contrário não terá dados estatísticos para poder comercializar os espaços publicitários o que pode comprometer o sucesso comercial do negócio.
Estadão:: Juliana:: >Quais as vantagens / desvantagens da área?
Diego Brito:: > Como já mencionado, acredito que o grande diferencial dessa área seja a segmentação. Os anunciantes estão cada vez mais em busca de resultados em suas campanhas e constantemente cobram suas agências de comunicação por mais eficiência. É nesse contexto que a mídia segmentada poderá “abocanhar” boa parte do mercado das mídias tradicionais, que já estão saturadas de propaganda e o consumidor em muitos casos já as ignoram. Como todo veículo de comunicação acredito que montar um negócio nessa área é algo que poderá trazer muito retorno financeiro para quem souber administrar bem o negócio. Uma receita que já vem se mostrando eficaz é unir a propaganda com o entretenimento, pois esse tipo de mídia além de divulgar os anunciantes, ao meu ver, cumpre um papel importante dentro da comunicação que é oferecer conteúdo informativo e de entretenimento nos intervalos dos anúncios. Agora com relação a desvantagens acredito que seja a concorrência por pontos de grande circulação o que no longo prazo poderá tornar a concorrência no segmento predatória. Também acho que uma desvantagem, que também pode ser vista como investimento, é que o empresário que ingressar em mídia indoor, nesse momento, terá que fomentar médios e pequenos anunciantes, pois estes acredito que serão os grandes mantenedores de toda a receita do setor se já forem trabalhados desde já.